É com grande pesar que a AGB São Paulo comunica o falecimento do Carlos Walter Porto-Gonçalves, professor da Universidade Federal Fluminense (Niterói, RJ). Com seu trabalho centrado nas discussões que envolvem conflitos, colonialidades e territorialidades na América Latina, Carlos Walter foi, por diversas vezes, agraciado com premiações que reforçam a importância de sua pesquisa e militância. Carlos Walter participou ativamente da construção da AGB, contribuindo em diversas atividades que deram destaque e reforçaram as bandeiras de luta da entidade.
Repercussão em outros espaços
Nota de pesar – Carlos Walter Porto-Gonçalves
Junto a AGB desempenhou importante papel tendo atuado da diretoria temporária (1979-1980), foi vice-presidente (1986-1988) e presidente (1998-2000). Além das inúmeras contribuições a entidade enquanto associado e participando de encontros da AGB.
Nota de pesar escrita pela DEN e publicada no Interseções.
Nota de Pesar da AGB-Rio de Janeiro pelo Falecimento de Carlos Walter Porto-Gonçalves
Seu vínculo com as lutas sociais e ambientais era combustível permanente para a criação intelectual. Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, percorreu, pesquisou e ajudou a pensar sobre esses diferentes ambientes e sobre os povos que dão vida a eles.
Nota de pesar escrita pela AGB Rio de Janeiro e publicada no Interseções.
Nota de Pesar / Carlos Walter Porto-Gonçalves
Carlos Walter unia como ninguém o trabalho acadêmico rigoroso à militância aguerrida por causas prementes no Brasil e na América Latina. Possuía ainda um raro talento para expor suas ideias de forma clara e contundente, não importando o público para o qual se dirigia.
Nota de pesar escrita pela Coord. do PPGH/USP e publicada em seu portal.
Viva a Geografia! Viva Carlos Walter Porto-Gonçalves!
Por fim, Carlos Walter deu grande destaque e protagonismo aos sujeitos sociais (não assujeitados) e suas geografias, no plural. […] Eles grafam a terra, ou seja, geografam e nesse sentido “A Geografia, deste modo, de substantivo se transforma em verbo – ato de marcar a terra”.
Obituário escrito por Juscelino Bezerra e publicado no Brasil de Fato
Mortes: Professor e militante, mudou o estudo da geografia no Brasil
Ele defendia que a universidade deveria ensinar os alunos a enxergar os impactos humanos e sociais do trabalho do geógrafo —discussão fundamental entre a década de 1970 e 1980, que fez com que a ciência deixasse para trás o foco numérico e técnico que marcou a profissão durante a ditadura militar.
Obituário escrito por Tulio Kruse e publicado na Folha de São Paulo.